Amarelo
O cão que, na Costa da Caparica, esperava pelos surfistas na paragem de autocarro
Ler maisMuito antes das webcams, das apps com gráficos coloridos e dos alertas no telemóvel, o surf na Costa vivia-se com outros sensores: os olhos, o faro, o instinto. E havia um ponto de vigia especial: a casa do Jó (Jorge Gato Ribeiro).
Ler maisO surf era mal visto. Os poucos que se atreviam a entrar no mar com uma prancha eram vigiados ao longe, através de binóculos. Para os cabos do mar (vigilantes da praia) aquilo era uma provocação. O surf não constava nas leis, mas a regra era clara: como os barcos ou o windsurf, só a mais de 300 metros da costa.
Ler maisNo final dos anos 70, houve dois ou três anos em que tudo se alinhou: o fundo de areia, o swell, a maré e o vento. Foi esse equilíbrio raro que fez nascer, mesmo em frente à Praia da Saúde, um dos melhores picos da Costa da Caparica.
Ler maisDias depois de Teresa Ayala completar a sua sexta capicua — 66 anos — volto-me para a sua história, entrelaçada com esta terra de sal e horizonte aberto, onde aprendeu a amar o mar: a Costa da Caparica.
Ler maisFoi o João Boavida quem me contou esta história. Disse-me que conheceu o Nuno Taveira na Costa em meados dos anos 70, num daqueles dias de glass cinzento, com ondas pequenas.
Ler maisTudo começou no início dos anos 70, quando um grupo de rapazes – João Boavida, Carlos Craveiro, Camané Rolim, Jorge Laruça, Carlos Macário e Nuno Guerreiro – começou a reunir-se entre a casa do Carlos Craveiro, na Rua dos Ílhavos, e, claro, a praia.
Ler maisNa segunda tentativa de entrar no mar, a prancha foi à rola, atingiu a areia em velocidade de cruzeiro e terminou a jornada partindo o tornozelo de uma pobre banhista. O incidente selou o seu destino: relegada para uma garagem, a prancha transformou-se numa humilde prateleira.
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