Consulta pública sobre expansão do metro à Costa da Caparica e Trafaria arranca em Fevereiro
Depois de concluídos os primeiros estudos técnicos do traçado, arranca a fase de participação das comunidades locais
A primeira fase de participação pública do projecto de expansão do Metro Transportes do Sul (MTS) à Costa da Caparica e à Trafaria arranca a 10 de Fevereiro. Esta fase do projecto desenvolve-se em três momentos: apresentação pública do projecto e traçado; sessões de consulta pública às comunidades da Trafaria e Costa da Caparica; apresentação das conclusões e planeamento das fases seguintes do projecto. Todas as sessões são de acesso livre.
O traçado em estudo para a extensão da linha 3 do MTS terá uma extensão de 7,16 km, incluindo 10 estações: Pêra, Várzea de Pêra (com ligação ao Funchalinho), Centro da Costa da Caparica, Parque Urbano da Costa da Caparica, Santo António, São João, São Pedro, Madame Faber/Matas Nacionais, Bombeiros Voluntários da Trafaria e Estação Fluvial da Trafaria.
O percurso ligará o Campus da NOVA FCT à Estação Fluvial da Trafaria em apenas 19 minutos e incluirá duas novas interfaces de transportes: uma no Centro da Costa da Caparica e outra junto à Estação Fluvial da Trafaria. Além disso, o projecto prevê a requalificação de espaços públicos ao longo do canal, bem como a criação de um percurso dedicado à mobilidade activa (pedonal e ciclável), articulado com as ligações previstas ao nível da Rede Ciclável do concelho de Almada.
A divulgação do projecto e recolha de dúvidas e questões “são passos essenciais para o envolvimento das comunidades locais, assegurando que este projecto de mobilidade sustentável vai ao encontro das suas necessidades”, informam o Metropolitano de Lisboa (ML), o MST, a Câmara Municipal de Almada (CMA) e os Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) em comunicado conjunto enviado às redacções.
A fase de participação pública surge depois de concluídos os primeiros estudos do plano de expansão da linha 3 do Metro Sul do Tejo, desenhados pelo grupo de trabalho constituído pela TML, pela CMA e pelo ML. Este é apenas o início de um processo de participação pública e “diálogo contínuo, garantindo que as soluções adoptadas são as melhores para todos.”
A aposta na transparência e no diálogo com a comunidade “é fundamental,” pelo que esta será agora envolvida no processo de participação, o que contribuirá para robustecer as próximas fases de estudo e desenvolvimento.
A NOVA FCT, da Universidade NOVA de Lisboa, foi a entidade convidada a organizar, mediar e produzir um relatório independente com os contributos dos cidadãos.
O envolvimento activo da comunidade tem como objetivo dar a conhecer a proposta de extensão do MST e está estruturada em três fases. A primeira será a apresentação técnica do projecto, uma sessão inaugural que irá detalhar o traçado proposto e suas especificidades técnicas. A Conferência de Apresentação decorre 10 de Fevereiro pelas 18h, no Auditório do Uninova, na NOVA FCT, no Monte da Caparica.
Seguem-se duas sessões de participação pública, que serão encontros de trabalho na Costa da Caparica e na Trafaria, que têm como objectivo a recolha de contributos das comunidades locais. A promeira Sessão de Participação Pública realiza-se a 20 de Fevereiro pelas 18h30 no Casino da Trafaria, e a segunda a 21 de Fevereiro à mesma hora, nas instalações da Inatel, na Costa da Caparica.
A terceira fase consiste na apresentação de resultados e encerramento do processo de consulta pública, com divulgação pública das conclusões e planeamento das fases seguintes do projecto. A Conferência de encerramento deste ciclo acontece a 6 de Março pelas 18h30, no Auditório do Uninova, na NOVA FCT .
O plano de Expansão do Metro Sul do Tejo é uma iniciativa que “visa garantir infraestruturas de interligação regional, potenciando a máxima eficiência e eficácia do serviço público de transporte de passageiros no seu conjunto. Será um passo significativo na melhoria da mobilidade, oferecendo uma alternativa rápida, eficiente e ecológica aos habitantes e visitantes destas zonas costeiras e ribeirinhas, que potenciará a redução da dependência do transporte individual, respondendo ao compromisso de Portugal atingir a neutralidade carbónica em 2050.”, pode ler-se ainda no mesmo comunicado.
O Plano de Expansão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica e Trafaria, teve o seu protocolo de cooperação assinado numa cerimónia pública que decorreu a 15 de Julho de 2024, entre a Câmara Municipal de Almada, o Metropolitano de Lisboa e a Transportes Metropolitanos de Lisboa. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, declarou na ocasião que as obras no terreno para esta extensão do Metro Sul do Tejo deveriam arrancar dentro de cinco a sete anos. “Eu diria que dentro de cinco, seis, sete anos podemos estar a pensar em obras no terreno e material circulante adquirido.”
Apresentação, Câmara Municipal de Almada, Casino da Trafaria, ciclovia, comunidades, conclusões, Consulta Pública, Costa da Caparica, diálogo, espaço público, estação fluvial, estações, estudos técnicos, Expansão, Inatel, interfaces, linha 3, metro, Metro à superficie, Metro Sul do Tejo, Metro Transportes do Sul, Metropolitano de Lisboa, mobilidade, Mobilidade Activa, mobilidade sustentável, NOVA FCT, percurso, planeamento, Projecto, rede ciclável, requalificação, traçado, Trafaria, transparência, transportes, transportes colectivos, Transportes Metropolitanos de Lisboa