Almada | Greve no Metro Sul do Tejo
Greve decorre de 29 de Dezembro a 2 de Janeiro de 2023
Os maquinistas do Metro Sul do Tejo, vão fazer greve total durante três dias, de 30 de Dezembro a 1 de Janeiro de 2023, e ao trabalho suplementar nos dias 29 de Dezembro e 2 de Janeiro de 2023. A empresa requereu às autoridades para que sejam decretados serviços mínimos na greve de cinco dias dos maquinistas, que arranca Quinta-Feira 29 de Dezembro.
A greve agora marcada realiza-se entre as 00h de Quinta-Feira dia 29 de Dezembro e, as 24h de Segunda-Feira do dia 2 de Janeiro de 2023, no que se refere ao trabalho suplementar e a todos os serviços com duração superior a oito horas. Entre as 00h de Sexta-Feira dia 30 de Dezembro e, as 24h de Domingo dia 1 de Janeiro de 2023 , os trabalhadores encontram-se em greve à prestação de todo e qualquer trabalho.
Na base desta paralisação, que vai abranger no total cinco dias, está a falta de entendimento no que respeita ao Acordo de Empresa, segundo o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ).
A empresa Metro Transportes do Sul (MTS), que explora este sistema de transportes públicos, critica o sindicato, indicando que a estrutura representativa avançou para uma paralisação ignorando aumentos salariais acima do que foi referenciado em sede de concertação social, e sublinha que a greve provocará constrangimentos.
Em comunicado a empresa refere que foi confrontada com dois novos pré-avisos de greve entregues pelo SMAQ, numa atitude que ignora “os aumentos salariais definidos para 2023, entre 7,4% e 9,6%, atingindo todos os colaboradores da empresa, incluindo os operadores de condução filiados neste sindicato”.
“Apesar de o SMAQ considerar que não existe necessidade de determinação de serviços mínimos, a MTS recorreu junto das autoridades públicas e aguarda decisão da tutela ministerial”, indica.
A empresa assegura que, apesar das greves registadas em Outubro e Novembro, a administração fez questão de manifestar ao SMAQ a sua disponibilidade para dialogar e negociar, no sentido de encontrar um entendimento entre as partes.
Numa reunião realizada a 2 de Dezembro, adianta a empresa, o sindicato apresentou uma proposta que incluía a valorização salarial, a melhoria das condições de trabalho e também a negociação de um Acordo de Empresa.
A MTS assegura que mostrou disponibilidade para iniciar negociações nesse sentido, mas, acrescenta, o sindicato marcou agora a paralisação, demonstrando assim que “não tem qualquer interesse em negociar”.
No pré-aviso de greve, o SMAQ refere que a Metro Transportes do Sul “respondeu de forma demasiado vaga, sem um compromisso objectivo e sério quanto a datas em matéria de negociação de um Acordo de Empresa”.
“Na sequência das acções de greve anteriores ocorridas nesta empresa, a fim de desbloquear o conflito, o SMAQ apresentou uma contraproposta negocial com o objectivo de se aproximar das posições da empresa. No entanto esta não foi aceite”, lê-se num comunicado divulgado na Terça-Feira 27 de Dezembro. Os trabalhadores pretendem assim exigir a negociação efectiva de um Acordo de Empresa, a valorização salarial e melhores condições de trabalho.
Afirmando que as propostas do SMAQ, “razoáveis e justas”, não foram aceites pela empresa, a estrutura sindical afirma que “não resta aos trabalhadores outra alternativa do que a continuação das acções de luta que têm vindo a desenvolver”.
O Metro Sul do Tejo, sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, é explorado pela empresa Metro Transportes do Sul (MTS).
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