Laranjeiro: Marinha apresentou projectos financiados pelo PRR
A apresentação decorreu na Base Naval de Lisboa, no Laranjeiro, no dia 14 de Fevereiro. Na apresentação foi também anunciado o investimento, no âmbito do PRR, em centros de investigação e inovação para estudar e preservar os oceanos.
No dia 14 de Fevereiro a Marinha apresentou a Plataforma Naval Multifuncional e as componentes do Centro de Operações de Defesa do Atlântico, os dois projectos que obtiveram financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A apresentação decorreu na Base Naval de Lisboa, situada no Laranjeiro, sendo presidida pelo secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, na qual também esteve presente o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, entre outras entidades.
O PRR contempla um conjunto de investimentos relevantes no mar e geridos pela Marinha. Enquadrada na dimensão Transição Climática, a Componente 10 – Mar do PRR, que inclui o investimento TC-C10-i03, designado por Centro de Operações de Defesa do Atlântico e Plataforma Naval e subdivide-se em três pilares distintos, sendo o Pilar I – Plataforma Naval e o Pilar II – Centro de Operações, materializados com o envolvimento directo da Marinha.
A Zona Livre Tecnológica (ZLT) Infante D. Henrique, sediada no CEOM, é uma aposta inovadora da Marinha Portuguesa que visa criar o ambiente de colaboração entre a indústria, a academia e de cooperação internacional com o intuito de testar em ambiente real e em mar aberto, sistemas e tecnologias emergentes, utilização de veículos não tripulados, novos materiais e inteligência artificial.
Estudar e preservar os oceanos
Foi também anunciado durante a apresentação que a Marinha irá investir, no âmbito do PRR, numa rede de centros de investigação e inovação que visam estudar e preservar os oceanos, para além do navio multifunções.
Segundo este ramo das forças armadas, “o PRR contempla um conjunto de investimentos relevantes no mar e geridos pela Marinha”. Estes investimentos traduzem-se em várias componentes, nomeadamente “uma rede de centros de Investigação, Desenvolvimento, Experimentação e Inovação (IDEI), cujo objectivo central é o conhecimento e a preservação dos oceanos”.
Essa rede é constituída por quatro centros e laboratórios, “com os quais se pretende mobilizar o conhecimento científico para o desenvolvimento de capacidades de investigação e para a transferência de tecnologia com aplicação no Mar, designadamente o Instituto Hidrográfico – Sensortech (IH-Sensortech), o Laboratório de Robótica, Sistemas de Apoio à Decisão e Inteligência Artificial do Centro de Investigação Naval (CINAVLab) [ainda em fase de projecto implementação] e com e o Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM)”.
Além disto, a Marinha tem também como objectivo expandir o actual Centro de Operações Marítimas (COMAR), “que será dotado de melhores capacidades e ferramentas nos campos científico, ambiental e oceanográfico, passando a constituir um verdadeiro centro de conhecimento situacional marítimo e também um centro de operações interagências marítimas, capaz de centralizar e difundir, de forma sistemática e global, a informação e o conhecimento obtido sobre os Oceanos e as actividades nele desenvolvidas”.
Outro dos investimentos que será levado a cabo pela Marinha e pelo Governo através das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é a “aquisição de um navio de natureza multifuncional para ser empregue em missões de natureza científica e de contributo para a proteção e vigilância dos oceanos”.
Apresentado em Junho de 2022, o navio multifunções da Marinha – cujo conceito foi desenvolvido pelo actual chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo – pretende ser uma “plataforma do futuro” e sinal de uma “Marinha tecnologicamente avançada”.
O Plano de Recuperação e Resiliência no capítulo dedicado ao Mar e ao desenvolvimento da chamada economia azul, prevê a criação de um “Centro de Operações de Defesa do Atlântico e Plataforma Naval” no valor de 112 milhões de euros.
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