Miguel Oliveira apresentado como piloto da Pramac Yamaha
Novas cores, nova mota, nova equipa e nova temporada para o piloto almadense
A apresentação da nova equipa de Miguel Oliveira, a Prima Pramac Yamaha, aconteceu a 31 de Janeiro, em Kuala Lumpur. Com os imponentes arranha-céus malaios como pano de fundo, o evento revelou o novo DNA, as cores e as inovações da estrutura satélite da casa japonesa. “É uma honra representar estas cores e a Yamaha“, declarou o piloto natural de Almada, no dia em que foi apresentado oficialmente como piloto da Pramac.
“O início de uma nova temporada é sempre um momento especial e estou muito motivado para este novo desafio com a Prima Pramac Yamaha MotoGP. O feito da equipa no ano passado ao vencer o campeonato de pilotos de MotoGP foi uma demonstração perfeita de como a dedicação, o trabalho árduo e a paixão podem fazer toda a diferença e levar ao sucesso final. Esta equipa é excepcionalmente competitiva e, com o forte apoio da Yamaha, estou confiante de que podemos embarcar num projecto de longo prazo que alcançará um sucesso significativo num tempo relativamente curto”, afirmou Miguel Oliveira.
A equipa, que no ano passado se consagrou como a melhor equipa independente do Campeonato Mundial de MotoGP, mantém o desejo de conseguir lutar novamente pelo mesmo feito, contando agora com um novo reforço vindo da fábrica japonesa. As novas Yamaha YZR-M1 terão ao seu comando os pilotos Miguel Oliveira e o australiano Jack Miller, que atravessou uma época muito complicada aos comandos da KTM RC16 em 2024. Ambos têm contrato com a própria Yamaha, mas correrão pela estrutura que, no ano passado, conquistou o título de pilotos com o espanhol Jorge Martin, depois de, em 2023, ter conquistado o campeonato de equipas. O piloto português assinou um contrato válido para as próximas duas épocas (2025-2026). A equipa apresenta-se com as cores roxa, azul e preto, com um toque de vermelho na parte de baixo das carenagens.
Já na equipa oficial, mantém-se o francês Fabio Quartararo, campeão mundial em 2021, tendo, ao seu lado, o espanhol Alex Rins.
Durante a apresentação, os responsáveis da Yamaha Racing deixaram claro que depositam grande confiança nas orientações do piloto almadense, com o objectivo de acelerar o desenvolvimento do protótipo de Iwata, uma moto que já no final do ano passado mostrou sinais de evolução e melhoria de desempenho.
Gino Borsoi, director desportivo da equipa da Prima Pramac Yamaha, destacou a importância da chegada de Miguel Oliveira à equipa: “O Miguel Oliveira traz uma abordagem técnica e estilística contrastante, que ampliará o potencial de desenvolvimento da moto. Essa diversidade será fundamental para alcançar os nossos objectivos.”
Já Paolo Campinoti, proprietário da Pramac Racing, expressou a sua confiança no novo reforço da equipa: “Gostaria de dar as boas-vindas ao Miguel Oliveira, um piloto inteligente, talentoso e rápido, que tem sido travado nas últimas temporadas por lesões que o impediram de mostrar todo o seu potencial. Estou ansioso para o ver em acção com as nossas cores.”
Paolo Pavesio substitui Lin Jarvis à frente do departamento de competição da Yamaha (Jarvis mantém-se como consultor), depois de 21 anos na Yamaha Europe, mais ligado ao motocrosse e às superbikes. “Vimos que o MotoGP mudou. Devemos ter quatro pilotos de fábrica [para ter mais dados]. Queríamos ter o melhor parceiro e a Prima Pramac era o melhor que podíamos ter. Queremos trabalhar juntos e chegar ao nosso objectivo”, frisou Pavesio.
Aos 30 anos, Miguel Oliveira torna-se uma das figuras mais proeminentes do novo projecto da Prima Pramac Yamaha, iniciando um novo capítulo na sua carreira. Esta mudança representa uma reviravolta significativa, não apenas por integrar uma nova equipa, mas também pelo desafio técnico que enfrenta. Pela primeira vez, o piloto português deixará de competir com um motor V4, adoptando agora o motor de quatro cilindros em linha da Yamaha.
“Estou entusiasmado por ver como este desafio se desenrola e mal posso esperar para subir para a moto e começar a trabalhar durante os testes de inverno na Malásia e na Tailândia. O meu objectivo é estar o mais preparado possível para o início da temporada. Temos as pessoas, a experiência. Para mim, particularmente, é um novo desafio e um marco na minha carreira poder ser um piloto oficial da Yamaha. Estou extremamente grato ao Paolo Campinoti, à Pramac Racing e à Yamaha por esta oportunidade e prometo dar-lhes o meu melhor”, concluiu Miguel Oliveira.
Na cerimónio foi também apresentada a equipa de Moto2 da Pramac, que faz alinhar Alex de Angelis e Tony Arbolino.
Miguel Oliveira entrou em acção a 1 de Fevereiro, com o shakedown, uma espécie de aquecimento destinado aos pilotos de testes e às marcas com concessões, como é o caso da Yamaha e da Honda. O piloto foi o nono mais rápido, e Jack Miller o sexto, entre os 14 pilotos em pista, no segundo dos três dias de shakedown do Mundial de MotoGP, que decorre até Domingo, na Malásia. O piloto luso fez a melhor volta em 1.59,780 minutos, terminando a 1,035 segundos do mais rápido do dia, o espanhol Alex Rins, colocando a Yamaha em destaque neste dia.
Na próxima semana, de 5 a 7, realiza-se a primeira bateria de testes de pré-temporada, também em Sepang, na Malásia.
O Mundial de 2025 terá 22 eventos, com 44 corridas, incluindo o Grande Prémio de Portugal, de 07 a 09 de novembro.
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