Túnel imerso Algés-Trafaria, em breve junto de nós cidadãos!
Todos os dias atravessam a Ponte 25 de abril, em média, cerca de 160 mil viaturas. As alternativas existentes estão longe de satisfazer as necessidades dos utilizadores. Em termos rodoviários o transporte público tem praticamente, as mesmas dificuldades que o comum automobilista: o trânsito constante.
Em maio de 2024 escrevi aqui uma crónica intitulada “Túnel imerso Algés-Trafaria, o Futuro Sempre Adiado!”, hoje volto ao tema, pois está na ordem do dia.
Todos os dias atravessam a Ponte 25 de abril, em média, cerca de 160 mil viaturas. As alternativas existentes estão longe de satisfazer as necessidades dos seus utilizadores. Existem, naturalmente, muitos automobilistas que necessitam de transporte próprio para se deslocar e que não terão nunca como opção o transporte público em direção à Margem Norte do Tejo.
Em termos rodoviários o transporte público, em concreto a Carris Metropolitana, tem praticamente, as mesmas dificuldades que o comum automobilista: o trânsito constante.
Este congestionamento em direção à Margem Norte e no regresso à Margem Sul no final do dia, acarreta ainda outro tipo de problemas para o Concelho de Almada: a dificuldade de deslocação em direção à zona urbana do Concelho, onde existem escolas, onde estão situados os tribunais, comércio e outros serviços públicos.
A rotunda do Centro Sul é um pandemónio constante de acumulação de trânsito de quem quer ir para Lisboa e, também, para Almada. A centralidade do Concelho de Almada ajuda a gerar um imenso fluxo de tráfego todas as manhãs, e os acessos alternativos à zona urbana de Almada sofrem do mesmo mal. Todos estes fatores resultam na multiplicação do trânsito que só tende a piorar.
Numa perspetiva de longo prazo, tendo em consideração os grandes projetos urbanísticos previstos para Almada como o Ginjal e/ou a Cidade da Água, que irão gerar muitos milhares de novos habitantes, como é que, com as atuais condições de tráfego, se pode atrair investimento de qualidade!?
A Ponte 25 de ABRIL já não consegue dar resposta aos milhares de automobilistas que a atravessam todos os dias. O Túnel imerso entre Algés e Trafaria é uma prioridade, temos de ligar a A33 à CRIL.
No passado dia 21 de fevereiro, o Jornal de Negócios escrevia a seguinte noticia “Governo vai avançar com túnel rodoviário entre Trafaria e Algés”. No mesmo dia, a RTP dizia que “O Governo quer construir um túnel rodoviário debaixo de água, no Tejo, para ligar Trafaria e Algés. A medida teria como objetivo aliviar o trânsito da Ponte 25 de Abril e deverá apresentada nas próximas semanas, num pacote de infraestruturas para o país”. No dia 22 de fevereiro, o jornal Almada Online escrevia que “Autarcas de Oeiras e Almada felicitam ideia de túnel submerso”. Muitos outros Jornais davam a mesma notícia, aliás, creio que foi a grande noticia do dia 21 de fevereiro de 2025.
No dia 8 de fevereiro de 2020, há 5 anos, no Concelho de Almada, um grupo de pessoas, constituíam por Escritura Pública a Associação Promotora Mobilidade Tejo que, entre os diversos temas relacionados com a mobilidade, eram defensores da construção do túnel imerso Algés-Trafaria.
A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, é uma defensora desta solução de mobilidade. De facto, é necessário ligar por túnel o IC17 (CRIL) à A33 e completar o arco rodoviário até à Ponte Vasco da Gama.
Esse túnel imerso rodoviário com metropolitano ligeiro é essencial para a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa. A sua construção vai servir as populações a poente da AML e complementaria a mobilidade no IC17 (CRIL), no IC20, na A5, na A33, e na Ponte Vasco da Gama, bem como todas as ligações rodoviárias Norte-Sul.
Esta é uma solução de mobilidade de fácil construção, que envolve diversas disciplinas da engenharia e várias obras técnicas faseadas.
É urgente a implementação da solução “Túnel imerso Algés-Trafaria”: 80% do tráfego na ponte 25 de Abril é gerado nos concelhos de Almada e Seixal, principalmente em Almada; 37% do tráfego na ponte 25 de Abril tem como destino Oeiras, Cascais e Sintra; 26% do tráfego na ponte 25 de Abril tem como destino locais após a 2ª Circular.
O “Túnel imerso Algés-Trafaria” vai captar mais de 60 mil veículos que deixariam de usar a Ponte 25 de Abril, o que significaria uma redução de 40% no eixo mais congestionado.
E quanto custa o “Túnel imerso Algés-Trafaria”? E qual a previsão do tempo de construção?
O túnel demora 7 anos a construir e custará 1.100 milhões de euros. Esta solução de mobilidade pode ainda ser apoiada por Fundos Comunitários, mas tem de ser inscrita com esse objetivo pelo XXIV Governo Constitucional da República Portuguesa nos programas de Investimentos a que Portugal tem acesso, como objetivo de ser instrumento de planeamento do próximo ciclo de investimentos estratégicos e estruturantes de âmbito nacional.
Esperemos assim que quanto à mobilidade na travessia do rio Tejo, em breve tenhamos um Túnel junto de nós cidadãos!
Almada Online, Crónica, Opinião, Pedro Dias Pereira, PS