Dia Municipal para a Igualdade
Assinalado em Almada com programação cultural
A 24 de Outubro, a Câmara Municipal de Almada (CMA) assinala o Dia Municipal para a Igualdade, no âmbito do Plano Estratégico Local para a Igualdade e Não Discriminação de Almada – INDA, que contempla três áreas de intervenção: a promoção da igualdade entre mulheres e homens, a prevenção de prácticas de violência doméstica e de discriminação em razão da orientação sexual, identidade e expressão de género, e características sexuais (OIEC). As iniciativas da programação são de entrada livre.
Para o fazer, dinamiza um programa de iniciativas do qual destacamos o filme “Pedágio” de Carolina Markowicz, que pode ser visto no Auditório Fernando Lopes-Graça, no dia 23 de Outubro pelas 21h. Neste drama, Suellen é uma empregada de portagem que começa a usar o seu emprego para ajudar um bando de ladrões a roubar relógios de pessoas que se deslocam para o litoral, por uma causa nobre para si: mandar o filho para um dispendioso curso de conversão gay.
No dia 24 às 10h, no Auditório da Biblioteca José Saramago, no Feijó, realiza-se a cerimónia de adesão do Município à Carta Portuguesa para a Diversidade. Esta Carta, que é uma iniciativa da Comissão Europeia (CE), é um dos instrumentos voluntários criados com o objectivo de encorajar os empregadores a implementar e desenvolver políticas e prácticas internas de promoção da diversidade. Tem como princípio a Diversidade, entendida como o reconhecimento, o respeito e a valorização da(s) diferença(s) entre as pessoas, incluindo particularmente as diferenças relativas ao sexo, identidade de género, orientação sexual, etnia, religião, credo, território de origem, cultura, língua, nacionalidade, naturalidade, ascendência, idade, orientação política, ideológica ou social, estado civil, situação familiar, situação económica, estado de saúde, deficiência, estilo pessoal e formação. A organização está a cabo da CMA em parceria com a Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI).
No mesmo dia mas às 16h, a performance “Envelhecemos Desde que Nascemos”, com direcção de São José Lapa e Inês Lapa Lopes, sobe ao palco do Auditório Fernando Lopes-Graça. Esta é uma desconstrução bem disposta sobre o idadismo de género, que fala de temas como a sexualidade, estereótipos e infantilização das mulheres no envelhecimento. Do elenco fazem parte São José Lapa, Paula Guedes, Janica Nedela, Inês Lapa Lopes, Idalina Rodrigues, com a participação especial de Teresa Sales. A organização é do Espaço das Aguncheiras para o Projecto “O envelhecimento e o género: numa perspectiva interseccional”, desenvolvido pela UMAR com subvenção da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).
No Sexta 25 de Outubro às 21h, poderá assistir ao filme de Levan Akın, “Crossing – A Travessia”, também no Auditório Fernando Lopes-Graça. Nele, Lia, uma professora reformada que vive na Geórgia, sabe pelo jovem vizinho Achi que a sua sobrinha Tekla, uma jovem trans que desapareceu ao ser rejeitada pela família, atravessou a fronteira para a Turquia. Na esperança de trazer Tekla para casa, Lia viaja até Istambul com o imprevisível Achi, que foge dos seus próprios dramas familiares, a fim de a encontrar. Cedo se apercebe da dificuldade da sua situação. Não há pistas e nem sequer falam turco. Ao explorarem as profundezas ocultas da cidade, a sorte de ambos muda quando se cruzam com Evrim, uma advogada que luta pelos direitos da comunidade queer e se dispõe a ajudá-los na busca.
Actualmente, a igualdade é uma questão de Direitos Humanos, de Direitos das Pessoas, independentemente das diferenças relativas ao sexo, identidade de género, orientação sexual, etnia, religião, cultura, língua, nacionalidade, naturalidade, ascendência, idade, orientação política, ideológica ou social, estado civil, situação familiar, situação económica, estado de saúde, deficiência, e estilo pessoal. Representa um requisito para o desenvolvimento sustentável e para a paz nos países democráticos, sendo uma condição para o exercício efectivo e pleno da cidadania.
“Almada abraça todas as iniciativas, tendo como princípio a interseccionalidade, a concertação e a complementaridade no contexto da promoção da igualdade contribuindo para uma sociedade solidária, livre e justa, reconhecendo e valorizando a diversidade das pessoas”, declara a autarquia no seu site.
Pode aceder ao programa completo das iniciativas aqui.
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