Jorge Seguro Sanches é o novo presidente do conselho de administração da ULSAS

O anúncio foi feito horas depois do afastamento de Maria Teresa Luciano

Jorge Seguro Sanches é o novo presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal (ULSAS), que inclui o hospital Garcia de Orta (HGO)

O nome de Seguro Sanches foi anunciado ontem, 4 de Setembro, pela secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, em declarações à RTP1. “Houve uma pessoa que já foi convidada pelo director-executivo para assumir o lugar. Posso anunciar que é o Dr. Jorge Seguro Sanches, que aceitou o lugar e estamos agora a cumprir todos os procedimentos para proceder à sua nomeação.”

Jorge Seguro Sanches, natural de Penamacor, é militante do Partido Socialista, foi secretário de Estado adjunto e da Defesa Nacional de  2019 a 2022, e secretário de Estado da Energia de 2015 a 2018, em governos de António Costa, além de deputado pelo PS eleito pelo distrito de Castelo Branco . Também foi presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano EPE, tendo sido nomeado em 2015 quando Pedro Passos Coelho, do PSD, era primeiro-ministro. Foi também inspector na Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, e presidente da Assembleia Municipal de Penamacor. Assume agora pela segunda vez a gestão de uma unidade local de saúde.

Foi Seguro Sanches, enquanto secretário de Estado da Defesa, que ordenou uma auditoria, onde se concluía que existia uma derrapagem no valor das obras de adaptação do antigo Hospital Militar de Belém, abrindo caminho à investigação “Tempestade Perfeita” sobre suspeitas de corrupção na Defesa.

A notícia do afastamento do conselho de administração da ULS Almada-Seixal, que inclui o hospital Garcia de Orta, foi conhecida também no mesmo dia ao final da tarde, horas antes de se saber quem seria o sucessor de Maria Teresa Luciano.

Fonte hospitalar adiantou que esta informação foi avançada pelo conselho de administração da ULSAS durante uma reunião de trabalho com todos os directores de serviço, chefes de enfermagem, coordenadores e alguns directores não clínicos.

Em declarações à RTP1, a secretária de Estado da Saúde diz que terá de ser o director-executivo do SNS a explicar a razão da demissão, mas é do conhecimento “público que houve constrangimentos nessa zona” e que houve “muitas reuniões para resolver esses constrangimentos entre a Direcção Executiva e os conselhos de administração”.

, , , , , , , , , , ,

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online