USL Almada-Seixal distinguida com prémios Top Farmácia Hospitalar

Esta foi a primeira edição dos galardões atribuídos pela Ordem dos Farmacêuticos

As farmácias das Unidades Locais de Saúde (ULS) Almada-Seixal, do Baixo Mondego, Loures-Odivelas, e Lisboa Ocidental foram as vencedoras do Top Farmácia Hospitalar 2024, que este ano teve a primeira edição.

Os prémios, entregues a 29 de Outubro na sede da Ordem dos Farmacêuticos, em Lisboa, distinguem as melhores farmácias hospitalares na globalidade, por grupo de classificação de hospital, nas três dimensões analisadas: Consumo e Preparação de Medicamentos, Actividades Clínicas e Segurança do Doente.

A análise manteve os grupos definidos pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) para efeitos de financiamento, os quais agrupam unidades com características similares em termos de número de camas, tipologia de serviços e níveis de complexidade.

Em cada um dos grupos foram eleitos três ULS. No referente aos maiores hospitais (grupo E), o primeiro lugar foi ocupado pela ULS Lisboa Ocidental, e foram também distinguidas as ULS de Santo António (2.º lugar) e São João (3.º lugar), ambas no Porto.

No grupo imediatamente anterior (D), liderado pela ULS Almada-Seixal, o segundo lugar foi atribuído à ULS do Alentejo Central e a terceira posição ocupada pelo Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).

Já no grupo C, liderado pela ULS Loures-Odivelas, a segunda posição foi ocupada pela ULS da Região de Leiria, seguida da ULS da Cova da Beira.

A ULS Baixo Mondego foi a primeira classificada do grupo B, que viu a segunda posição ocupada pela ULS da Guarda e a terceira pela ULS do Estuário do Tejo.

Relativamente às três dimensões analisadas, foram atribuídas distinções em cada um dos grupos

No que refere ao Consumo e Preparação de Medicamentos, os vencedores foram as ULS de Baixo Mondego (B), Região de Leiria (C), Almada-Seixal (D) e São João (E).

Nas Actividades Clínicas foram distinguidas as ULS do Estuário do Tejo (B), da Cova da Beira (C), Almada-Seixal (D) e Lisboa Ocidental (E).

Na dimensão Segurança do Doente foram distinguidas a ULS de Barcelos/Esposende (B), o Hospital de Cascais Dr. José de Almeida (C), a ULS Alentejo Central (D) e a ULS de Lisboa Ocidental (E).

O Top Farmácia Hospitalar 2024 avaliou pela primeira vez diversas actividades desenvolvidas nos serviços farmacêuticos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para esta primeira edição foram convidadas todas as ULS de Portugal Continental e os hospitais das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e o estudo contou com uma representação de 77% (34) das unidades hospitalares do SNS.

O inquérito foi enviado a todos os directores de serviços farmacêuticos hospitalares participantes e incidiu sobre a actividade realizada pelos farmacêuticos durante o ano de 2023.

Segundo os dados recolhidos, no ano passado havia 712 farmacêuticos nos hospitais que participaram, que reportaram a existência de 17.470 doentes em tratamento com medicamentos biológicos biossimilares, e 8.260 em tratamento com medicamentos biológicos de referência.

Das unidades que responderam, 68% disseram que os farmacêuticos participam nas visitas médicas. A mesma percentagem disse que estes profissionais de saúde participam nas reuniões multidisciplinares.

As consultas farmacêuticas em ambulatório, estão presentes em 62% dos hospitais participantes. A nível nacional, 56% das farmácias hospitalares realizam monitorizações farmacocinéticas, que têm como objectivo alcançar a máxima eficácia terapêutica com a mínima incidência de efeitos adversos.

Os dados recolhidos indicam ainda que, em 2023, foram reportadas 542 reacções adversas a medicamentos no Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF). Foi igualmente reportada a existência de 1.261 ensaios clínicos.

Quanto à reconciliação terapêutica , que permite reavaliar a medicação que o doente tomava quando entrou no hospital, menos de metade (41%) das farmácias hospitalares têm protocolos definidos para a aplicar durante o processo de internamento. A nível nacional, apenas aconteceu em 4,1% das altas de internamento.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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