Cova da Piedade| Jorge Palma celebra “Vida” na Casa da Cidade

O cantautor actua hoje, 29 de Junho às 21h30, no Museu de Almada - Casa da Cidade. A entrada é gratuita

Englobado no programa municipal Está Tudo em Festa 2023, o concerto de Jorge Palma desta noite, faz também parte da digressão do seu último trabalho de originais “Vida”.

O novo disco de Jorge Palma estará disponível em edição standard (jewelbox) a partir de amanhã, dia 30 de Junho, nas lojas habituais. “Vida” foi lançado no final de Abril em formato digital e edição especial, disponível em exclusivo no site do cantor.

Doze anos depois de lançar “Com Todo o Respeito” (2011), o músico e compositor produziu “Vida”, um álbum onde mantém inalterado o seu carácter e valores, aquilo que resiste, subsiste e o alimenta. A par da banda que acompanha Jorge Palma ao vivo – João Correia, Nuno Lucas, Pedro Vidal e Vicente Palma – a gravação de “VIDA” foi partilhada com Carlos Barretto, Flak, José Salgueiro, Júlio Pereira, Manuela Azevedo, Mário Barreiros, Mário Delgado, Paulo Gravato, Rão Kyao, Rui Reininho, Tomás Marques, Tomás Pimentel e Francisco Palma. A produção ficou a cargo de Mário Barreiros.

O single de apresentação, “Vida”, conta com a participação de Júlio Pereira na guitarra acústica, e tem arranjos de orquestração para cordas e sopros de Filipe Melo. O videoclip foi realizado por André Tentugal.

©DR / Jorge Palma não gravava originais há 12 anos.

Compositor e intérprete admirado pelos colegas, amado pelo público, Jorge Palma é demasiado célebre para o papel de génio obscuro, demasiado genuíno e rebelde para ser um músico previsível e formatado.

O seu percurso de vida observa-se sempre a par da música. Exímio pianista, começou a aprender a tocar este instrumento apenas com seis anos de idade. Aos oito realizou a sua primeira audição, no auditório do Conservatório Nacional e, aos doze, venceu o seu primeiro prémio, um segundo lugar com atribuição de uma menção honrosa do júri, no Festival das Juventudes Musicais em em Palma de Maiorca. Durante a adolescência e a par da formação erudita começa a interessar-se pelo rock’n’roll, e de um modo geral pela música popular americana e inglesa. É por esta altura que descobre a guitarra. Bob Dylan, Led Zeppelin e Lou Reed tornam-se as suas maiores influências. Durante os anos 70 e o princípio da década de 80, o seu percurso artístico dividiu-se entre as suas primeiras edições fonográficas em Portugal e, as ruas e carruagens de metro de cidades europeias como Paris e Copenhaga, onde enfrentava o público de guitarra em punho.

Terminou o Curso Superior de Piano em 1990 e no ano seguinte editou o emblemático álbum “Só”. Na mesma década formou o “Palma’s Gang” e integrou projectos como os “Rio Grande” ou os “Cabeças no Ar”. Ao longo da sua carreira lançou vários discos de originais, compôs êxitos e somou discos de ouro, tendo atingido a marca da dupla platina com “Voo Nocturno”. A sua obra contém canções amplamente transversais com temas como “Frágil”, “Deixa-me Rir”, “Dá-me Lume” ou “Encosta-te a mim”, que se tornaram hinos intemporais.

Venceu o prémio José Afonso em 2002 e, em 2008 e 2012 foi o vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor intérprete individual. O seu álbum “Com Todo o Respeito” foi ainda galardoado pela Sociedade Portuguesa de Autores com o prémio Pedro Osório.

O período mais recente da vida de Jorge Palma é marcado por um momento de grande actividade no qual se destacam projectos como “Juntos”, em que partilhou o palco com Sérgio Godinho e a celebração de discos históricos como “Bairro do Amor” e “Só”, tendo este último resultado na edição de “SÓ ao vivo”. Em 2020 celebrou “70 Voltas ao Sol” no Castelo São Jorge, num espectáculo com uma orquestra de câmara dirigida pelo maestro Cesário Costa. “70 voltas ao Sol” foi editado em CD e vinil em 2021, tendo vencido o galardão de melhor disco nos Play – Prémios da Música Portuguesa.

Foi ainda agraciado com a Medalha de Mérito Cultural da Cidade de Lisboa e com a Ordem do Infante Dom Henrique

Em 2023 regressa, 12 anos depois, com “Vida”, o muito ansiado novo trabalho de originais.

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Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online