Viva o Hélder Sousa e Silva!

O que me leva a gostar da candidatura do Hélder à Câmara de Almada não é um detalhe, nem uma medida em concreto. É o todo. É a coerência entre a forma como olha para o território, a maneira como fala das pessoas e o que já mostrou saber fazer.

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Não conheço bem o Hélder Sousa e Silva, mas conheço o suficiente para confiar nele. Estivemos juntos poucas vezes e por acaso das circunstâncias. Confio nele porque observo e penso. E, ao contrário do que tantas vezes acontece na política, o que vejo no Hélder parece bater certo com o que se ouve, com o que se lê e, sobretudo, com o que ele próprio já fez.

Não há ali pressa de prometer, nem entusiasmo forçado. Há antes uma calma determinada de quem sabe que a gestão pública é menos espetáculo e mais responsabilidade. Em cada frase que lhe leio ou oiço há a recusa de dizer aquilo que fica bem para conquistar o momento — e a escolha cuidadosa do que é preciso para conquistar resultados.

O que me leva a gostar da candidatura do Hélder à Câmara de Almada não é um detalhe, nem uma medida em concreto. É o todo. É a coerência entre a forma como olha para o território, a maneira como fala das pessoas e o que já mostrou saber fazer.

O Hélder não se propõe vir “reinventar a roda” — como ele próprio disse —, e ainda bem. Há uma arrogância triste naqueles que acham que o país (ou o local) começou no momento em que chegaram. Ele chega com a humildade de quem vem resolver. De quem vem continuar. De quem vem melhorar. E, sobretudo, de quem vem trabalhar.

Gosto especialmente do modo como fala de Almada. Não há ali a repetição dos lugares-comuns que tantos outros repetem por reflexo. Nota-se que estudou Almada, que escutou quem cá vive, que conhece as suas forças e as suas fragilidades. Não há romantismos vãos, mas há ambição — e ambição com método.

É esse equilíbrio que me impressiona: entre a exigência e a proximidade, entre a experiência e a abertura, entre a visão e o detalhe. O Hélder fala da cidade como se fosse sua — e isso, vindo de alguém que não nasceu aqui, é sinal de que a compreendeu verdadeiramente.

Às vezes temos a sorte de encontrar pessoas que já provaram o que valem, mas que ainda têm vontade de servir. Pessoas que podiam estar noutro lugar — como o Hélder podia estar confortavelmente na Europa —, mas escolhem continuar no serviço público — não por necessidade, mas por propósito. O Hélder é uma dessas pessoas. É essa pessoa.

Não é preciso conhecer muito da sua trajetória para perceber que tem obra feita. Em Mafra transformou o município num exemplo de boa gestão, transparência e planeamento. Mas não vem com a tentação de copiar fórmulas. Vem com a humildade de adaptar, de ouvir, de respeitar a identidade própria de Almada. E tanto que pode fazer pela nossa Costa da Caparica.

Em Mafra, durante os seus mandatos, o Hélder deu prioridade à higiene urbana e à organização dos serviços públicos — reforçando a recolha de resíduos, melhorando a limpeza regular dos espaços públicos e valorizando a manutenção de zonas verdes. Em Almada, propõe agora aplicar esse modelo com inteligência e escala: limpeza diária nas zonas mais movimentadas, recuperação de espaços negligenciados e uma verdadeira política de atenção aos bairros e às zonas de praia, onde o abandono urbano começa, muitas vezes, naquilo que parece pequeno.

A política de habitação desenvolvida em Mafra não foi feita de grandes anúncios, mas de medidas concretas: incentivos à reabilitação, aposta em habitação a custos controlados, criação de soluções para fixar jovens e responder a situações sociais urgentes. É essa abordagem pragmática que o Hélder traz agora para Almada — com um foco claro na habitação acessível, na reabilitação do edificado devoluto e na criação de condições para que a Costa da Caparica não se torne apenas um postal de verão, mas um lugar onde se pode viver com dignidade todo o ano.

Foi também em Mafra, pela mão do Hélder, que a Ericeira foi reconhecida como Reserva Mundial de Surf — a primeira da Europa. Esse processo não se fez com promessas, mas com visão, articulação entre agentes e respeito pelo território. Em Almada, a ambição é semelhante: fazer da Costa da Caparica um destino turístico de qualidade, sustentável, valorizado. Com circuitos pedonais integrados, espaços públicos cuidados, sinergias entre restauração, surf e natureza, e uma identidade própria que não dependa do improviso sazonal. O Hélder sabe como se faz — porque já fez.

E é por tudo isto que a sua candidatura é tão importante. Porque não nos promete tudo, mas promete o que pode cumprir e sabe entregar. E fá-lo com a naturalidade de quem tem a palavra em sintonia com o gesto. Há algo de sereno e sério na forma como se apresenta — uma espécie de confiança que não precisa de se anunciar. Trata-se, no fundo, de falar em conformidade com o que pensa, e de pensar em conformidade com o que é.

Não estamos perante um político de palco. Estamos perante um gestor que sabe o valor do tempo, o peso das decisões e a importância de ouvir antes de agir. Isso faz a diferença — sobretudo num concelho como Almada, que tem urgências reais, desafios estruturais e um potencial que só será aproveitado com visão e competência. Tudo isso faltou nos últimos 50 anos.

O Hélder fala de uma Almada mais simples de viver, mais transparente para quem nela participa, mais atrativa para quem cá investe e mais justa para quem cá trabalha. Tudo isso parece evidente — mas é raro encontrar quem tenha uma ideia clara de como o fazer.

A confiança que me inspira não vem apenas do seu currículo, nem da serenidade com que fala. Vem da sensação, cada vez mais rara, de que não está aqui para si. Está por nós. Não por abstrata generosidade, mas por dever — esse sentimento tão discreto e tão poderoso que é capaz de mudar realidades.

O voto, no fundo, é uma questão de confiança. E quando essa confiança assenta no que já foi feito, no que está bem pensado, no que se sente verdadeiro, então, sim, vale a pena. Almada merece ser governada por quem a respeita. Por quem a entende. Por quem a quer fazer melhor, sem ruído, mas com resultado. E, já agora, com educação.

Por isso, sem exageros, sem idolatrias, sem bandeiras que cegam:

Viva o Hélder Sousa Silva!

David Cristóvão

Eleito do PSD na Assembleia da União de Freguesias de Caparica e Trafaria

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