Transtejo abre novo concurso para baterias no valor de 16 milhões de euros

Transtejo anuncia novo concurso público internacional, para compra de baterias eléctricas para a sua nova frota, no valor de 16 milhões de euros. Despesa depende agora do Fundo Ambiental

A Transtejo vai lançar um concurso público internacional, para compra das baterias de nove dos 10 navios da nova frota eléctrica, pelo preço-base de 16 milhões de euros. Isto depois do chumbo ao contrato anterior por parte do Tribunal de Contas e, participação ao Ministério Público, que fez cair a administração da empresa.

O anúncio do concurso foi enviado para publicação em Diário da República na passada Sexta-Feira dia 9, informou a transportadora fluvial em comunicado.

De acordo com a empresa, após a conclusão do procedimento serão disponibilizados “os nove packs de baterias marítimas à Astilleros Gondán, S.A., para a devida instalação nos nove navios em construção”, já que um deles, o navio “Cegonha-Branca”, ficou logo apetrechado após a sua construção. O contrato celebrado com os estaleiros asturianos prevê a construção de um total de 10 navios eléctricos pelo valor de 52,4 milhões de euros.

“O concurso público internacional agora lançado, enquadra-se no Plano de Renovação da Frota da Transtejo, o qual inclui a aquisição de 10 navios de propulsão eléctrica, bem como o fornecimento, instalação e certificação dos postos de carregamento que garantam o abastecimento das novas embarcações”, adianta a Transtejo no mesmo comunicado.

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A renovação da frota vai permitir “transformar” a operação da Trantejo “numa referência do serviço público de transporte de passageiros – serviço fiável, seguro, confortável e sustentável – e contribuir para o processo de descarbonização da actividade”, sublinha a transportadora, a concluir.

O jornal Expresso avança que, a maioria dos custos da compra das baterias, que irão permitir que a nova frota de navios eléctricos comprados pela Transtejo navegue, foi adiada para 2024 pelo Governo. Até ao momento, previa-se que a maior parte dos encargos fosse feito ainda este ano. A despesa vai depender agora do Fundo Ambiental, e não de uma candidatura a verbas europeias. Segundo a divisão de custos, que teve de ser formalizada em Diário da República por Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente, e Sofia Batalha, secretária de Estado do Orçamento, em 2024 serão gastos 9 milhões de euros, estando previstos para este ano quase 7 milhões de euros, totalizando os 16 milhões que o Executivo prevê gastar nesta operação. A anterior distribuição de verbas previa que em 2024 fossem gastos apenas 3,5 milhões de euros, e um total de 10 milhões para 2023; os restantes 2,5 milhões teriam sido utilizados já no ano passado. A Transtejo poderá financiar-se em 9,2 milhões de euros, enquanto o Fundo Ambiental, veículo que tem receitas de taxas ligadas a dióxido de carbono, pagará 6,8 milhões desta despesa. Ao contrário do que o Governo pretendia, já não serão utilizadas directamente verbas europeias no âmbito de uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR). O actual concurso irá permitir contornar o chumbo determinado pelo Tribunal de Contas à primeira tentativa de aquisição das baterias.

Intitulado “Cegonha-Branca”, o primeiro navio da nova frota e único comprado com bateria incluída, já se encontra em Cacilhas.

Ao mesmo tempo, está a decorrer a construção de cinco estações de carregamento, que serão instaladas nos terminais fluviais de Cacilhas, do Seixal, do Cais do Sodré e do Montijo.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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